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O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) projeta concluir em novembro a abertura do mercado do Japão para a carne bovina do Brasil. As tratativas ganharam fôlego após auditorias sanitárias realizadas por autoridades japonesas nos estados do Sul.

Desde a inspeção, o MAPA responde aos questionamentos remanescentes e envolve o setor privado. A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) ficou responsável por encaminhar as considerações solicitadas pelos japoneses.

O ministro Carlos Fávaro informou a estimativa de início das exportações aos jornalistas nesta quinta-feira (11). No entanto, ele ressaltou que o cronograma depende de trâmites técnicos finais.

PONTO DE PARTIDA NO SUL 

De acordo com a CNN a abertura deve começar pelos estados do Sul.

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul conquistaram primeiro o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Por isso, reúnem as credenciais necessárias para inaugurar as vendas ao Japão. xxx

Os demais estados só alcançaram essa condição no fim de maio. Em março, quando as autoridades brasileiras avançaram nas negociações, o governo solicitou que as compras fossem liberadas primeiro para as unidades que já detinham o selo naquele período. Assim, preservou o rigor sanitário exigido.

Linha do tempo da abertura

• Março: avanço nas negociações e pedido governamental para iniciar compras nos estados com selo vigente.
• Fim de maio: outros Estados alcançaram o status de livre de febre aftosa sem vacinação.
• Novembro: estimativa do MAPA para concluir a abertura do Japão à carne bovina.

Exigências e etapas

O mercado japonês está entre os mais rigorosos do mundo em exigências sanitárias. O procedimento de abertura envolve cerca de 12 etapas e é resultado de negociações conduzidas pelo governo brasileiro há mais de 20 anos. Ainda assim, o diálogo recente encurtou distâncias.

Para os exportadores, a habilitação japonesa tende a abrir espaço estratégico e elevar a comeptitividade do Brasil. Contudo, a decisão final depende do crivo técnico do Japão.

Desse modo, o MAPA e o setor privado mantêm uma coordenação estreita para cumprir cada requisito.

Se o cronograma se confirmar em novembro, o Brasil iniciará as vendas pelo Sul e ampliará o alcance à medida que as validações forem sendo realizadas. Enquanto isso, Brasília trata das pendências técnicas e busca transformar anos de negociação em acesso efetivo ao mercado japonês.