Estado libera até R$ 20 milhões por produtor para cultivo de laranja e limão
Nova regra aprovada pelo conselho estadual inclui limite de 500 hectares por projeto, mas não cobre irrigação

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul poderão acessar até R$ 20 milhões por ano, via Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), para a implantação de pomares de citricultura no Estado. A medida foi aprovada na 2ª Reunião Extraordinária do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO), realizada no último dia 15, mas publicada nesta terça-feira (20.mai), no Diário Oficia do Estado.
O financiamento é voltado para projetos de implantação e manutenção dos pomares até o terceiro ano de produção. Cada proposta terá o limite de 500 hectares e a nova regra já está em vigor. No entanto, não contempla sistemas de irrigação e também não se aplica a propostas protocoladas antes da publicação da deliberação.
A citricultura foi incluída como atividade estratégica para diversificar a matriz econômica do Estado, com base em fatores como geração de emprego, sustentabilidade ambiental e segurança comercial. De acordo com o conselho, para cada 4 hectares plantados, um posto de trabalho direto é criado, o que ajuda a fixar o trabalhador no campo e reduzir o êxodo rural.
Além disso, o cultivo de citros colabora com a preservação ambiental, pois contribui para fixação de carbono, proteção do solo e manutenção da biodiversidade. Também foi considerado o potencial comercial da cadeia: o Brasil continua sendo o maior exportador mundial de suco de laranja, com demanda garantida no mercado interno e externo.
Os pomares têm produção duradoura, de 15 a 20 anos, e safras escalonadas, o que reduz riscos de mercado e oferece retorno financeiro estável ao produtor. A deliberação permanece válida até que uma nova norma seja publicada.
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