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Naviraí - MS,21/09/2025

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Laticínios cobram apoio alegando risco de colapso no abastecimento

A produção de leite sofreu retração de cerca de 40%

REPRODUÇÃO
Laticínios cobram apoio alegando risco de colapso no abastecimento Equipamento que faz a ordenha mecânica de vacas leiteiras

O Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul ( Silems), nesta segunda-feira, divulgou carta aberta cobrando medidas urgentes do Governo do Estado para garantir a sobrevivência do setor. A entidade afirma que, enquanto produtores rurais recebem programas de incentivo, as indústrias vivem “em estado de emergência” e sem políticas específicas de apoio. 

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Segundo dados apresentados pelo Silems, a produção de leite no Estado caiu de 511,3 milhões de litros em 2010 para 307,1 milhões em 2023, retração de quase 40%. Desse volume, apenas 42,5% foi processado pelas indústrias locais.

Em 2024, a situação se agravou: foram industrializados 112,5 milhões de litros, queda de 13,9% em relação ao ano anterior. “Até o momento não há medida saneadora destinada às indústrias, que hoje vivem em estado de emergência”, destacou o presidente da entidade, Abraão Giuseppe Beluzi. 

Outro ponto apontado pelo sindicato é a entrada maciça de produtos de fora. Apenas em 2024, R$ 181,4 milhões em leite UHT e R$ 86,2 milhões em queijo muçarela foram importados de outros estados. “É a prova de uma concorrência desigual, que sufoca quem investe e gera empregos dentro do território sul-mato-grossense”, afirmou Beluzi.

Na carta, o Silems defende união entre produtores, indústrias e poder público. Entre as propostas estão priorizar produtos fabricados em Mato Grosso do Sul nas compras públicas, revisar a política tributária para itens vindos de fora e retirar os laticínios locais da substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “A indústria de laticínios não pede privilégios, mas sim condições mínimas de competitividade, como já ocorre com o produtor rural”, argumentou o presidente.

O sindicato também ressalta a função social da cadeia do leite. “É preciso compreender que o leite é muito mais do que um alimento: ele cumpre uma função social decisiva ao fixar o homem no campo, garantindo renda, dignidade e permanência das famílias nas áreas rurais”, diz a carta.

ÚLTIMOS INVESTIMENTOS

Neste ano, o Governo do Estado anunciou o investimento de R$ 9,2 milhões no setor com o Proleite (Plano Estadual de Desenvolvimento da Bovinocultura Leiteira).

O projeto foi lançado na última Expogrande, em abril, com objetivo de elevar em 6 milhões de litros a produção, apostando em melhoramento genético, assistência técnica, apoio à indústria e programas de comercialização. 




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