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Naviraí - MS,12/07/2025

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Pecuarista mata o vizinho a tiros e sai em fuga

O crime foi cometido em uma área rural do distrito de Itahum


Pecuarista mata o vizinho a tiros e sai em fuga

Uma briga entre dois fazendeiros terminou em assassinato, na manhã desta quinta-feira, no distrito de Itahum, município de Dourados. O pecuarista e empresário Paulo Afonso de Lima Lange, 66 anos, é acusado de assassinar a tiros o vizinho, Volnei Kommers Beutinger, 52, médico veterinário e também dono de propriedade rural no mesmo distrito. 


De acordo com as primeiras informações sobre o caso, o crime ocorreu na propriedade de Paulo Lange, na margem da rodovia MS-468, a cerca de 70 km a oeste do centro de Dourados.

 
Volnei Kommers Beutinger teria ido até a propriedade de Paulo para procurar um boi que havia escapado de sua área e entrado nas terras do vizinho. Há relatos de que os dois já tinham desavenças. Paulo também é dono de loja de produtos veterinários localizada na avenida Joaquim Teixeira Alves, no Centro de Dourados.
 
Quando chegou à sede da fazenda de Paulo Lange, Volnei discutiu com o filho do fazendeiro e os dois entraram em luta corporal. Armado, Paulo disparou vários tiros na direção do vizinho. Um deles acertou o lado esquerdo do peito de Volnei, que morreu no ato.
Conforme informações ainda apuradas pela polícia, Paulo Lange teria mandado o funcionário que acompanhava Volnei retirar o corpo do local. Como o empregado se negou a cumprir a ordem, o próprio fazendeiro teria arrastado a vítima até sua caminhonete e levado até a propriedade de Volnei.
 
Após deixar o corpo na casa do desafeto, ele fugiu e está sendo procurado pela polícia.  O local onde ocorreu o crime fica a menos de 60 km do território paraguaio.
 
ESCRAVIDÃO
Em abril de 2013, fiscalização conjunta do MPT (Ministério Público do Trabalho), da Polícia Federal e Ministério do Trabalho e Emprego flagrou um trabalhador submetido a condições semelhantes à escravidão na fazenda de Paulo Lange.
O homem de 49 anos de idade era o único empregado da fazenda e tomava conta da criação de gado e de cavalo crioulo. Por nove anos, trabalhou das 5h da madrugada até 21h, inclusive aos domingos e feriados.
 
Mesmo com carteira registrada, o empregado relatou que não recebia salário regularmente, não havia equipamentos de proteção individual e morava em casa precária, sem água potável, alimentando-se apenas de arroz, macarrão instantâneo e carne de animais abatidos por ele na fazenda. O açude usado para matar a sede dos animais era onde o trabalhador tomava banho e coletava água para beber e cozinhar.
 
Quase dez anos depois, em quatro de outubro de 2022, Paulo Lange foi condenado pelo juiz federal Fabio Fischer a quatro anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto por crimes contra a liberdade pessoal (condição análoga à de escravo).




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