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Naviraí - MS,07/05/2025

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Leilão da Rota da Celulose tem quatro interessados

Com a entrega das propostas, o leilão foi confirmado para o dia oito de maio

SAUL SCHRAMM
Leilão da Rota da Celulose tem quatro interessados  Leilão da Rota da Celulose tem quatro interessados em MS

Quatro grupos de concessionárias se interessaram pelo projeto de concessão das rodovias que compõem a Rota da Celulose. O leilão será realizado no dia oito de maio, na sede da B3, a bolsa de valores do Brasil, em São Paulo. 

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Os interessados, segundo apurou o Correio do Estado, são fundos de investimento ligados aos bancos BTG Pactual e XP Investimentos, além de um consórcio entre a gestora de ativos Kinea e a Way (que já administra duas concessões em Mato Grosso do Sul) e da K-Infra.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o certame só aconteceria se houvesse a manifestação de interesse das empresas do setor de logística. Como quatro empresas entregaram proposta, o leilão está confirmado.  

“Trata-se de um grande projeto, onde conseguimos a delegação ao Estado de trechos da BR-262 e BR-267, para juntarmos às rodovias estaduais e assim formar um único lote, com 870 km que vai a leilão. Desta forma ficou atrativo e chamou a atenção do mercado, que está interessado em participar. Será um dos maiores projetos (rodoviários) do Brasil e com um modelo dinâmico e flexível, ou seja, se aumentar o fluxo de carros acima do previsto, poderão ter novos investimentos”, afirmou o governador Eduardo Riedel. 

Ao todo serão investidos R$ 10 bilhões  em 870,3 km de rodovias, que dão acesso a indústrias do ramo da celulose em Mato Grosso do Sul. 

A concessão prevê recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário pelo prazo de 30 anos.

O projeto visa recuperar e ampliar a capacidade do sistema rodoviário composto pelos trechos das rodovias estaduais MS-040 (de Campo Grande a Santa Rita do Pardo), MS-338 (de Santa Rita do Pardo a Bataguassu) e MS-395 (de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267), além de trechos das rodovias federais BR-262 (que liga Campo Grande a Três Lagoas) e BR-267 (que liga Bataguassu a Nova Alvorada do Sul). A Rota da Celulose abrange 870,3 quilômetros e investimento nas rodovias.  

PRIMEIRA TENTATIVA  

A primeira tentativa de leiloar trechos das rodovias que ligam Campo Grande ao estado de São Paulo à iniciativa privada, que ocorreu em dezembro, não atraiu as empresas, impossibilitando a realização do leilão. 

No segundo semestre do ano passado, para atrair investidores da iniciativa privada, o governo estadual realizou um roadshow em São Paulo, evento que contou com a participação de diversas empresas do setor, como o grupo EcoRodovias, a CCR (que já detém a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul), a Way (responsável por concessões como as das rodovias MS-306, MS-112 e BR-158, na região nordeste do Estado) e investidores internacionais, como o grupo Arteris.

Um dos maiores fundos de investimento do mundo, o BlackRock, também enviou representantes ao evento. Porém, apesar disso, naquele ano não houve interessados no certame. 

Segundo a Folha de São Paulo, o Ministério dos Transportes avaliou que os empresários estariam focados em outros projetos considerados mais atrativos da carteira de concessões rodoviárias. A atenção voltada a outras propostas teria escanteado o certame de Mato Grosso do Sul.

Entre os projetos ofertados naquele período de leilão de concessões estava a Rota Verde, que passa por Rio Verde, Goiânia e Itumbiara, em Goiás, e o leilão das Rodovias Integradas do Paraná, que inclui trechos estaduais e da BR-369, além da Ponte São Borja, sobre o Rio Uruguai, na fronteira entre São Borja, no Brasil, e Santo Tomé, na Argentina, e mais um bloco das Rodovias Integradas do Paraná, desta vez ligado à BR-163.

MUDANÇAS NO PROJETO

Na tentativa de melhorar o projeto da Rota da Celulose para atrair os investidores, no dia 30 de janeiro deste ano, um novo edital para privatização de rodovias alterou, entre outros quesitos, o cronograma de obras a serem feitas nas rodovias.   

Houve mudanças para que as obras pudessem ser feitas de forma mais espaçada, dando, assim, uma suavizada nos investimentos que estavam previstos para ocorrer a partir do segundo ano do contrato. 

O novo projeto apresentado ao mercado também mudou o valor total do investimento na rodovia, que será de R$ 10 bilhões, um pouco maior que o projeto anterior, que previa R$ 8,8 bilhões. 

O edital manteve a previsão da duplicação do trecho entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo e a previsão de um contorno rodoviário de 15 km em Bataguassu, o que exigirá R$ 90 milhões.

A um mês do leilão, o governo do Estado fez nova alteração no edital para atrair a participação de empresas estrangeiras. O texto inicial exigia que a empresa concorrente estivesse instalada no Brasil, o que foi alterado em publicação no Diário Oficial do Estado.




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