Perícia vai coletar sangue das famílias das vítimas do acidente aéreo
A informação foi confirmada pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, no local da queda de avião nesta sexta-feira em Vinhedo
G 1
As polícias científicas de São Paulo e do Paraná vão fazer a coleta de sangue das famílias das vítimas de um acidente aéreo com 61 mortes em Vinhedo (SP), na tarde desta sexta-feira. O avião saiu de Cascavel (PR) e tinha Guarulhos (SP) como destino. Não houve sobreviventes.
A informação da coleta de sangue de familiares das vítimas foi confirmada pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), durante uma entrevista coletiva na noite desta sexta, no local do acidente. A medida é, segundo o político, para acelerar a identificação dos corpos.
"Nós já começamos a fazer essa coleta sangue dos familiares. A coleta é justamente já ir adiantando o trabalho", disse Ratinho Júnior.
Estrutura do IML e apoio psicológico
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também falou com a imprensa na noite desta sexta em Vinhedo e confirmou que disponibilizou a estrutura do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo para remover os corpos e fazer a identificação. "Temos mais condições de fazer exames de arcada dentária, DNA, para acelerar isso o quanto antes", disse.
O governador ainda afirmou que vai oferecer apoio de psicólogos e assistentes sociais para os familiares das vítimas - a maioria do Paraná - que viajarem a São Paulo para aguardar a identificação.
METEOROLOGIA
Meteorologistas apontaram "áreas de instabilidade" e 35% de formação de gelo nas proximidades do local onde um avião com 61 pessoas a bordo caiu, na tarde desta sexta-feira.
De acordo com o Climatempo, no momento exato em que a aeronave estava fazendo a aproximação havia um "forte vento" de cauda - o que aumenta a velocidade do avião em relação ao solo.
"Estimativas de modelos meteorológicos indicam temperaturas entre -9° a -11° C na altura correspondente a 500hPa na região de Vinhedo por volta das 13h local", disse o órgão.
Formação de gelo
Apesar disso, todos são unânimes em afirmar que não existe um fator único que cause um acidente e que ainda é prematuro tirar conclusões a partir dos vídeos ou das informações divulgadas.
O piloto Pedro Santos, que voou de São Paulo para Ribeirão Preto também na tarde desta sexta-feira, afirmou que, depois de decolar, havia previsão de gelo quando atingissem as velocidades de 15 mil pés e 25 mil pés e, quando chegou a esses níveis, começou a se deparar com uma formação de gelo na asa.
"Dependendo da quantidade de gelo que se forma na asa a gente precisa fazer uma descida de emergência para encontrar uma temperatura positiva e gerar o derretimento daquele gelo. No nosso caso, a gente conseguiu livrar esses níveis de gelo rapidamente", afirmou o comandante ao jornalista Rodrigo Bocardi na Globonews, na tarde desta sexta-feira.
A queda
A aeronave com 57 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) com sentido a Guarulhos (SP) e caiu no quintal da residência dentro de um condomínio no bairro Capela. Não houve sobreviventes.
O secretário de Segurança de Vinhedo, Osmir Cruz, já havia confirmado que o avião caiu no quintal da casa e que os moradores haviam escapado ilesos.
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo enviou cinco veículos a Vinhedo (SP), para auxiliar na remoção das vítimas.
O porta-voz da Polícia Militar, coronel Emerson Massera, deu detalhes sobre o trabalho de resgate que será feito no local, que fica dentro de um condomínio. De acordo com o coronel, o trabalho de identificação dos corpos e liberação da área para perícia será difícil por uma junção de fatores.
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