CNN / G1
A Casas Bahia buscou uma recuperação extrajudicial para suas dívidas, que totalizam R$ 4,1 bilhões. Este acordo, já acordado com seus principais credores, visa transformar o perfil de sua dívida, proporcionando uma economia significativa de caixa até 2027.
Como parte do acordo, os principais bancos credores terão a oportunidade de converter parte de seus débitos em ações da varejista.
O plano inclui uma carência para pagamentos de juros e principal, e a reestruturação das dívidas em uma única debênture. Este acordo é visto como um passo significativo para fortalecer a posição financeira da empresa e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
Mais de oito meses após anunciar o fechamento de até 100 lojas e a demissão de seis mil funcionários, o Grupo Casas Bahia comunicou, neste domingo (28), que entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para reestruturar dívidas estimadas em R$ 4,1 bilhões.
Com o pedido, a empresa pretende reorganizar o perfil de parte de suas dívidas financeiras, que têm como principais credores o Bradesco e Banco do Brasil. Juntos, os dois bancos detêm 55% dos créditos devidos pela varejista.
Além das Casas Bahia, a Magazine Luíza e as Lojas Americanas passam por restruturações visando diminuir custos e dívidas. A economia do país dá sinais de fragilidade.
O processo é diferente de uma recuperação judicial, em que a companhia em crise financeira recorre à Justiça para entrar em um acordo com todos os seus credores. Na recuperação extrajudicial, a renegociação é feita diretamente com os principais credores para, depois, ser homologada pelo judiciário.
No caso da Casas Bahia, as dívidas a serem renegociadas são apenas financeiras e, segundo a companhia, não devem impactar clientes, fornecedores, vendedores e trabalhaoradores.
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