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Naviraí - MS,29/03/2024

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Após três anos o preço da soja fica abaixo de R$ 100

O preço médio, conforme a Aprosoja, caiu mais de 6% em uma semana e está em R$ 97,36. Desde o final de junho de 2020 não ficava abaixo dos R$ 100

Fonte: DIVULGAÇÃO
Após três anos o preço da soja fica abaixo de R$ 100 Até agora, 5% da área plantada no Estado foi colhida e a produtividade está bem menos que no ano passado

CORREIO DO ESTADO

Exatos três anos e meio depois, pela primeira vez a soja rompeu nesta semana uma lamentável barreira e a saca voltou a ser cotada abaixo dos R$ 100,00. Conforme boletim semanal da Aprosoja, divulgado nesta terça-feira, o preço médio recuou 6,32% entre os dias 22 e 29 de janeiro e a saca está sendo cotada a R$ 97,36 nesta segunda-feira em Mato Grosso do Sul. E essa retração fatalmente vai prejudicar toda a economia do Estado.

A última vez que a cotação esteve abaixo dos cem reais em Mato Grosso do Sul, conforme dados disponíveis no site da Granos Corretora, a mesma que serve de base para divulgação dos dados da Aprosoja, foi em 24 de junho de 2020.

Depois daquela data, chegou a romper a barreira dos R$ 200, em fevereiro de 2022, gerando uma espécie de euforia entre os produtores brasileiros e do mundo inteiro. Com o preço nas alturas, a oferta disparou e agora está sobrando produto, levando à redução de preço, explicam os analistas.

Em fevereiro de 2022, produtores do sul do Estado chegaram a receber R$ 206,00, segundo o corretor Carlos Ronaldo Dávalo, da Granos Corretora. “Não adianta a gente se iludir, esse é o novo cenário mundial para o preço da soja. Na cotação para maio, o bushel está sendo cotado abaixo dos 12,5 dólares na bolsa de Chicago”, explica. Em anos anteriores o bushel (27,2155 kg) chegou a US$ 16,5.

Embora esse pico de R$ 200 tenha sido curto, ao longo dos últimos três anos as cotações se mantiveram entre R$ 180 e R$ 160. No final de janeiro do ano passado, por exemplo, o preço médio em Mato Grosso do Sul estava em R$ 155. Na comparação com o cenário de agora, a queda é de 34%.

E por causa dos preços ruins, as vendas estão “quase 100% paradas”, segundo Carlos Dávalo. A única esperança, diz ele, é que tanto a safra brasileira quanto a argentina fiquem abaixo do previsto. O país vizinho está sofrendo novamente com falta de chuvas nas últimas semanas, e o mercado já está prevendo queda significativa na produtividade, segundo ele.

Além disso, a produtividade em Mato Grosso do Sul também está abaixo do previsto. “Nas primeiras lavouras colhidas foram apenas 35 a 38 sacas por hectare”, diz. Isso representa a metade daquilo que era esperado. A causa desta baixa produtividade foi o forte calor e a falta nos últimos três meses do ano passado.

Até o começo desta semana, conforme o boletim da Aprosoja, a colheita havia sido feita em 213 mil hectares, o que equivale a 5% das lavouras de Mato Grosso do Sul. Em média, segundo Carlos Dávalo, a produtividade tem ficado entre 52 e 55 sacas, o que é bem abaixo das 64 sacas do ano passado.

Por conta disso, ele estima que a produção do Estado não ultrapasse 13,2 milhões de toneladas, ante 15 milhões de toneladas no ciclo passado. Mas, mesmo com as seguidas informações de que a produtividade está baixa aqui e em Mato Grosso, as cotações em Chicago sem recuando, lamente Ronaldo.

E se não bastasse a baixa cotação da soja em Chicago, os chamados prêmios de exportação também estão negativos neste ano. Estes prêmios, explica Carlos Dávalo, fazem os preços subir ou baixar de tempos em tempos. “Agora, por exemplo, a logística de transporte é favorável para que os chineses comprem dos Estados Unidos e isso ajuda a derrubar os preços no Brasil”.




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